Todos os reféns que estavam no coletivo foram libertados sem ferimentos, segundo o porta-voz da PM, Marcos Andrade. Criminoso tem duas passagens por roubo à mão armada.
O sequestrador que manteve 17 passageiros reféns durante mais de 3 horas na Rodoviária do Rio se entregou no início da noite desta terça-feira (12).
Todos os passageiros que estavam no coletivo foram libertados sem ferimentos, segundo o porta-voz da PM, Marcos Andrade. Entre eles estavam uma mãe com criança de colo e vários idosos. Eles foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros.
Uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar, foi acionada para a ocorrência. A área foi isolada, e um negociador foi chamado para fazer a mediação com o sequestrador.
O criminoso foi identificado como Paulo Sérgio de Lima e deve ser levado para a 4ª DP (Praça da República). Segundo as primeiras informações da polícia, ele era da Rocinha e tentava fugir para Juiz de Fora em um ônibus da Viação Sampaio. Ele comprou a passagem em dinheiro em um guichê.
A polícia informou ainda que o sequestrador tem duas passagens por roubo à mão armada.
Passageiro em estado grave
Segundo a polícia, duas pessoas foram baleadas. Uma das vítimas levou três tiros e foi encaminhada para o Hospital Souza Aguiar. O homem, identificado como Bruno Lima de Costa Soares, de 34 anos, foi atingido no tórax e no abdômen. Ele foi encaminhado à cirurgia e, segundo o hospital, corre risco de vida.
A segunda vítima foi ferida com estilhaços e atendida inicialmente no posto médico da própria rodoviária. Ela não havia sido identificada até a última atualização desta reportagem.
Durante a negociação, Paulo Sérgio chegou a dar dois tiros na direção dos policiais que faziam o cerco ao coletivo. Nenhum agente se feriu.
Um homem disse que viu o momento em que o bandido sacou a arma.
“Eu estava na passarela quando o rapaz sacou a arma, começou a trocar tiros, baleou o rapaz e entrou no ônibus. Tenho dois amigos que estão dentro do ônibus. Todo mundo desesperado, a gente não sabe o que vai acontecer”, disse Carlos Saraiva.
Uma passageira disse que o ônibus percorreu 500 metros quando o ar-condicionado quebrou. O motorista decidiu, então, retornar ao terminal para fazer o reparo.
Já na rodoviária, alguns passageiros decidiram descer porque estava muito quente. Foi quando o sequestrador, que, segundo ela, já estava no veículo, fez os disparos.