O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a Manaus na manhã deste domingo (17) para uma visita histórica à região amazônica brasileira, marcada por um forte simbolismo ambiental. O avião presidencial, o Air Force One, aterrissou no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes por volta das 13h30, horário de Brasília (12h30 no horário local), dando início a uma agenda oficial que inclui sobrevoos pela Amazônia e visitas a pontos turísticos e de pesquisa sobre a floresta.
Esta é a primeira vez que um presidente dos Estados Unidos, no exercício do cargo, realiza uma visita à Amazônia brasileira, um gesto que tem grande significado no cenário das relações internacionais, especialmente em tempos de crescente atenção às questões ambientais.
De acordo com a agenda divulgada pela Casa Branca, Biden realizará um sobrevoo sobre a região amazônica, com foco em áreas que sofreram com queimadas e erosões, além de fazer um sobrevoo pela confluência dos rios Negro e Solimões, um dos maiores atrativos naturais de Manaus. O presidente também visitará o Museu da Amazônia (Musa), um importante centro de pesquisa e educação sobre o bioma, e deve fazer uma declaração à imprensa durante a visita.
Acompanhado por Carlos Nobre, climatologista e professor da Universidade de São Paulo (USP), conhecido por suas pesquisas sobre os impactos do desmatamento e mudanças climáticas na região, Biden terá uma visão detalhada dos desafios enfrentados pela Amazônia. Nobre, que foi um dos principais autores do quarto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), é um dos maiores especialistas no estudo da floresta e tem sido uma voz ativa na busca por soluções para os problemas ambientais globais.
Durante sua visita, Biden também terá a oportunidade de se reunir com líderes indígenas e com pesquisadores que trabalham diretamente com a conservação do bioma amazônico, refletindo o crescente interesse dos Estados Unidos em apoiar iniciativas de proteção ambiental no Brasil.
Antes do pouso do Air Force One, o governo americano já havia feito um importante anúncio: um aporte de US$ 50 milhões (cerca de R$ 289,5 milhões) no Fundo Amazônia, destinado à conservação da floresta tropical e ao combate ao desmatamento. Esse investimento faz parte de um esforço maior dos Estados Unidos para reforçar a cooperação com o Brasil e outros países da região na proteção da Amazônia, considerada um dos maiores ativos ambientais do planeta.
O anúncio do financiamento ocorre em um momento de intensificação das discussões sobre a preservação ambiental, especialmente após a eleição de Joe Biden, que tem se comprometido com políticas climáticas mais agressivas e com a reativação de parcerias internacionais voltadas para a sustentabilidade e proteção dos ecossistemas vitais.
A visita de Biden à Amazônia se insere em um contexto mais amplo de reforço da cooperação entre Brasil e Estados Unidos em temas ambientais, destacando a relevância da Amazônia para o futuro do planeta. O presidente americano, ao mostrar seu interesse pela região e ao investir recursos substanciais em sua proteção, enfatiza a necessidade de esforços conjuntos na luta contra o desmatamento e as mudanças climáticas.
