A Polícia Federal (PF) revelou detalhes alarmantes sobre uma suposta trama golpista que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo relatório da investigação, o general da reserva Mário Fernandes, preso nesta terça-feira (19/11), afirmou que Bolsonaro autorizou ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até o final de seu mandato, em 31 de dezembro de 2022.
Diálogo Revelador com Mauro Cid
Em conversas interceptadas pela PF, Mário Fernandes relata que Bolsonaro teria dito que a diplomação de Lula, em 12 de dezembro de 2022, não seria um impedimento para a execução de um plano golpista. O general expressou sua preocupação com a demora do então presidente em tomar decisões, afirmando que “já perdemos tantas oportunidades”.
Plano de Execuções e Golpe
A investigação aponta que Mário Fernandes seria um dos responsáveis por arquitetar um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que visava a execução de figuras centrais da política e do Judiciário, como Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Operação Contragolpe
A Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19/11), busca desarticular uma organização criminosa que planejava impedir a posse de Lula e atacar o STF. A ação, autorizada por Alexandre de Moraes, resultou na prisão de quatro militares e um policial federal.
Entre os alvos, destaca-se o general Mário Fernandes, ex-chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Ele já havia sido alvo de busca e apreensão em fevereiro deste ano, sob suspeita de envolvimento direto com manifestantes no período pós-eleitoral de 2022.
Ameaça de Prisão para Bolsonaro
Diante dos avanços nas investigações, Bolsonaro enfrenta a possibilidade iminente de prisão. Seu suposto envolvimento em tramas golpistas e a autorização para ações antidemocráticas ampliam o cerco jurídico ao ex-presidente, já investigado em diversos outros inquéritos.
Do Portal Potiguar