Os depoimentos liberados para a imprensa, dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica do governo Bolsonaro deixaram pra lá de explícito: o grande mentor do golpe que não aconteceu por falta de soldados, foi o próprio Messias, o Jair.
Em depoimentos à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército Freire Gomes confirmou: Jair participou de várias reuniões com representantes das Forças Armadas e com integrantes das forças de segurança de seu governo, e apresentou uma minuta golpista. Ele. O próprio, sem terceirizar.
Freire Gomes não avalizou a ideia maluca em nemhum momento. Porque era maluca mesmo, e longe de estar nas “quatro linhas da Constituição, como pregava Bolsonaro, e ós bolsomínions acreditavam.
O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, também afirmou que esteve em reuniões convocadas pelo ex-presidente, onde ele apresentou documentos com teor golpista.
Baptista Júnior também não avalizou a ideia maluca, como fez o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
O ex-comandante da Aeronáutica relatou, inclusive, que o ex-comandante do Exército ameaçou prender Bolsonaro, caso ele avançasse com essa maluquice.
Já o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em seu depoimento, evitou falar em golpe, mas confirmou que pagou cerca de um milhão de reais, com recursos do PL, ou seja, dinheiro público, por uma consultoria para investigar a lisura das eleições, e por pressão de Bolsonaro, que buscava incansavelmente um respaldo jurídico para, mesmo derrotado, continuar presidente, entrou com ação contra o TSE, questionando a lisura do pleito.
Resumindo: os próprios bolsonaristas entregaram Bolsonaro. Botaram na mesa a cabeça do mentor do golpe maluco.
O ex da Marinha e outros, inclusive Jair Messias, que planejaram o golpe, preferiram silenciar nos depoimentos. Puro medo da contradição, dos depoimentos desencontros. Mas estão lascados assim mesmo.
Vem muita gente na cadeia por aí…
FONTE: thaisagalvao.com.br