Uma idosa indígena, de 81 anos, morreu após realizar uma cirurgia para retirada de um feto calcificado em seu corpo. Ela, que vivia nessa condição há mais de 50 anos, descobriu a existência do feto ao ser encaminhada ao Hospital Regional de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul (MS).
A condição é considerada muito rara pelos especialistas. A suspeita da equipe médica é de que a mulher estivesse com o “bebê de pedra” há pelo menos 56 anos, quando ela teve sua última gestação. No dia 14 de março, a mulher deu entrada no hospital com um quadro de infecção urinária grave. Uma tomografia foi realizada e constatou a presença do feto.
Ela passou por cirurgia para a retirada do feto e foi encaminhada a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) após a realização do procedimento cirúrgico, mas não resistiu.
Feto calcificado
Um feto calcificado, também conhecido como litopédio ou feto mumificado, é uma condição extremamente rara na qual um feto morto é envolvido por tecido calcificado dentro do corpo da mãe, geralmente na cavidade abdominal. Isso ocorre quando um feto morre durante a gravidez, mas o corpo da mãe não o expulsa naturalmente.
Em vez disso, o corpo da mãe forma uma cápsula de tecido fibroso ao redor do feto, e ao longo do tempo, o cálcio se acumula na cápsula, transformando o feto em uma massa calcificada. Essa condição pode passar despercebida por muitos anos, às vezes sendo descoberta acidentalmente durante exames médicos.