Cartão postal: Após chuvas no RN; Confira atual imagem do açude Gargalheiras

INFORMAÇÕES RN

O açude Gargalheiras, em Acari, continua tomando água e aumentando o volume. De acordo com o Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte, o reservatório está com 27,41% da capacidade de armazenamento, o que equivale a 12,1 milhões de metros cúbicos. Há um mês, em 15 de fevereiro, o local tinha apenas 1,42% de água reservada.

Imagens feitas na manhã deste sábado (16) pelo característico Andinho de Bulhões, que realiza passeios turísticos no açude, mostram o açude, que recebe água de diversos rios e ainda da sangria do açude Dourado, em Currais Novos. Ao todo, segundo o Igarn, sete reservatórios já sangraram em 2024.

Uma lei publicada em 21 de janeiro de 2023 reconheceu o Açude Marechal Dutra, nome oficial de Gargalheiras, como patrimônio cultural, histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte. A parede do açude fica em uma “garganta” do rio Acauã, daí o nome pelo qual ficou conhecido.

O projeto de lei propondo incluir o reservatório como patrimônio histórico é de autoria do deputado estadual Coronel Azevedo. Foi aprovado na Assembleia Legislativa no final do ano passado.

O Gargalheiras é o segundo bem público de Acari a ter regime jurídico especial para preservação da memória do município reconhecido em menos de um ano. Em abril do ano passado, a governadora sancionou a lei 11.079/2022, proposta pelo deputado Francisco Medeiros, que incluiu no rol do patrimônio cultural, histórico e religioso do Estado a Basílica Menor de Nossa Senhora da Guia, construída em 1863. Um outro templo religioso de Acari, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi tombada pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1964.

Apesar de as obras só terem começado em 1956, a primeira tentativa de erguer um reservatório para barrar as águas do Rio Acauã data do início do Século 20. O primeiro estudo técnico foi realizado em 1909 pelo engenheiro Ignácio Ayres de Souza. Na época foi construída uma pequena barragem. 

Inaugurado oficialmente no dia 27 de abril de 1959, ainda hoje existe uma comunidade remanescente da época da construção quando foi erguida uma pequena vila para abrigar os trabalhadores. Nesses sessenta e quatro anos o espetáculo da “sangria”, isto é, quando o volume excedeu a capacidade e transbordou, foi registrado vinte e oito vezes. A última foi em 2011. 

A área no entorno do Gargalheiras é um dos 21 geossítios relacionados no Mapa Geoturístico do Seridó Geoparque Mundial da Unesco.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *